Naquele sábado, vinte e
nove de Março , eu estava completando cinco anos de vida. Morava em uma cidade
na qual não havia parentes além da minha mãe e meu pai e os únicos convidados
da minha festa eram três crianças da vizinhança.
Meu aniversário da Barbie,
apesar de poucos convidados, estava legal, porém, senti falta de um vizinho que
não fora.
Jocenei era um bebê que
morava no apartamento de cima e que quando eu o encontrava no corredor sempre
abraçava-o. Quando percebi sua ausência, perguntei a minha mãe onde estava meu
pequeno amigo Jocenei e ela disse que ele já estava descendo com sua irmã.
A festa continuou e de
repente, todos ouvem um alto barulho vindo do lado de fora do apartamento,
assim que meu pai abriu a porta pude ver Jocenei no chão, chorando e machucado
porque caíra da escada.
Feliz por Jocenei ter ido,
e triste por ter se ferido, eu, em um ato de amizade e carinho peguei o bebê
Jocenei no colo e fui cantar meu parabéns ao lado dos meus poucos e bons três
amigos.
A festa acabou e eu fiquei
feliz em saber mesmo tão pequena, que o
que vale nessa vida são os pequenos gestos de afeto e amizade.
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